sábado, 1 de fevereiro de 2020

Brasil tem 16 casos suspeitos do novo coronavírus, aponta Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou neste sábado (1) que o Brasil tem 16 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV. Nenhum caso foi confirmado.

Há casos suspeitos no Ceará (1), São Paulo (8), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (4). Há dez casos descartados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1) , São Paulo (2), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (3).

Casos no Brasil

UF Suspeito Confirmado Descartado
CE 1 0 0
MG 0 0 1
RJ 0 0 1
SP 8 0 2
PR 1 0 1
SC 2 0 2
RS 4 0 3
TOTAL 16 0 10

Fonte: Ministério da Saúde

Estado de SP tem oito casos suspeitos de coronavírus

Balanço da Organização Mundial de Saúde revela 11.953 casos em 24 países ou territórios e 259 mortes na China.

Casos no mundo

China* 11821
Japão 17
Coreia 12
Vietnã 6
Cingapura 16
Austrália 12
Malásia 8
Camboja 1
Filipinas 1
Tailândia 19
Nepal 1
Sri Lanka 1
India 1
Estados Unidos 7
Canada 4
França 6
Finlândia 1
Alemanha 7
Itália 2
Rússia 2
Espanha 1
Suécia 1
Reino Unido 2
Emirados Árabes Unidos 4
Total 11953

Fonte: Organização Mundial de Saúde

Casos confirmados na China incluem os registrados em Hong Kong (13), Macau (7) e Taipei (10).

Emergência de saúde pública

Nesta quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 23 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

"Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Infecções mais rápidas

Os casos do 2019-nCoV estão se espalhando mais rápido, mas matam menos do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARs-CoV, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do que o H1N1, vírus que levou a uma pandemia em 2009 e que continua fazendo vítimas.

A Sars levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As duas infecções são causadas por vírus da família "coronavírus", e recebem este nome porque têm formato de coroa.

Se comparados a outro vírus que causa doença respiratória, como o H1N1, o número de pessoas que morrem é maior do que o registrado pelo coronavírus. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.

Recomendações

Os especialistas recomendam a “etiqueta respiratória” para evitar a transmissão: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros e sempre lavar as mãos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os serviços de saúde adotem protocolos de prevenção antes, durante e depois da chegada do paciente, com desinfecção e ventilação de ambientes.

Para quem trabalha em pontos de entrada no país, como aeroportos e fronteiras, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas.

Caso haja algum caso suspeito em aviões, navios e outros meios de transporte, é recomendado usar máscara cirúrgica, avental, óculos de proteção e luvas. A inspeção de bagagens deve ser feita com máscara cirúrgica e luvas.


Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

Justiça Federal na PB rejeita denúncia do MPF sobre desvio de recursos em obra no Parque da Lagoa

A Justiça Federal na Paraíba rejeitou a denúncia do Ministério Público Federal contra os ex-secretários de Infraestrutura e Planejamento da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), Cássio Andrade e Rômulo Polari, por desvio de recursos em obras de reforma no Parque Solon de Lucena. De acordo com a juíza federal Cristiane Mendonça Lage, responsável por analisar o caso o laudo pericial da polícia apresenta divergências em irregularidas apontadas.

De acordo com MPF, os desvios teriam acontecido por meio de superfaturamento, no sobrepreço dos serviços realizados no local, em mais de R$ 4 milhões. Contudo, segundo o laudo da Polícia Federal, a juíza alega que não há explicação sobre as supostas irregularidades detectadas pelos peritos que levaram a esta conclusão.Segundo a juíza, a falta de detalhes na acusação, dificulta a defesa dos denunciados e impede que a justiça continue com a investigação. Foi determinado o arquivamento do processo caso não haja recurso ou nova denúncia seja apresentada.

Entenda o caso

O novo Parque Solon de Lucena, rebatizado de Parque da Lagoa, no Centro de João Pessoa, passou por reforma durante quase dois anos e foi reinaugurado no dia 12 de junho de 2016. A ordem de serviço foi assinada em abril de 2014. O trabalho começou pelo desassoreamento da lagoa e da construção de um túnel. Em dezembro de 2015, a Controladoria Geral da União (CGU) divulgou um relatório que apontava um prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões.


No documento, o órgão identificou um prejuízo de R$ 5,9 milhões em pagamentos pelo serviço referente à remoção de solo mole e cerca de R$ 3,6 milhões em pagamentos na construção de um túnel para regularização do espelho d'água da Lagoa. Durante a execução da obra, a Câmara de Vereadores de João Pessoa chegou a dar início a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas foi arquivada por determinação judicial.

Em 2016, o MPF e a PF começaram a investigar o caso. Segundo o procurador da república Yordan Delgado, os dois itens principais da investigação foram os identificados no relatório da CGU: desassoreamento e construção do túnel. Segundo a Secretaria de Comunicação de João Pessoa, o projeto teve um investimento total de R$ 37 milhões.

Fonte: G1-PB